Deambulo pela noite mais fria,
Sem medo do inerte irrevogável,
Porque eu não parto do impossível
Mas sim do impensável,
De um inferno em pessoa…
Que não te caracteriza mas que magoa
E quando te estiveres a recompor
Ele vai estar lá para te mandar abaixo,
Para se certificar que vais estar onde mereces:
Num lugar onde não te livras de sorte boa,
Pelos pecados que fizeste a esse inferno em pessoa.
Afinal de contas esse inferno em pessoa
Sou eu.
Sou eu quem te tem tido nas mãos,
Brincado com o teu destino
Tal como tinhas feito com o meu.
Agora deves estar a pensar
Nas infinitas possibilidades desta cartada
Ter sido a primeira a ser revelada.
Agora, bem…agora estás nesse lugar que mereces,
Retalhada por uma predestinação
Que te é alheia.
Bom… afinal é só um ajuste de contas.
Afinal tu passaste a marioneta
E eu a este inferno em pessoa.